Cotovelo de tenista - tennis elbow (epicondilite lateral)

A epicondilite lateral é a lesão mais comum do tenista amador, com estatísticas apontando que entre 40 e 50% dos tenistas sofrerão de tennis elbow (epicondilite lateral) algum dia.

Inicialmente ocorre uma inflamação na origem dos tendões extensores do carpo no cotovelo (epicôndilo lateral). Se não tratada na fase aguda, evolui para um processo degenerativo (fase crônica), de difícil tratamento.

Ou seja, a prevenção é o melhor tratamento.

Como se apresenta a epicondilite lateral do tennis elbow (cotovelo de tenista)?

  • Dor na parte lateral do cotovelo e antebraço, após golpes de backhand e saques (ou golpes altos);
  • Quem sofre de epicondilite lateral muitas vezes não consegue segurar objetos, girar uma maçaneta ou apertar a mão durante um cumprimento;
  • Dor noturna ou ao acordar.

 

O que provoca a lesão no tennis elbow?
São movimentos mal executados durante os golpes de backhand (golpe de esquerda com a mão direita, com as "costas da mão") e de saques ou bolas altas. É uma doença comum em tenistas amadores porque estes não executam movimentos adequados de tronco e joelhos, chegam com atraso na batida de backhand e forçam muito o punho na execução do saque.

A sobrecarga dos extensores no cotovelo provoca a lesão da epicondilite.

Como prevenir?

  • Aprimorar a técnica com auxílio de professor de tênis;
  • Escolher a melhor raquete para o estilo de jogo;
  • Acertar a empunhadura e o encordoamento da raquete;
  • Utilizar as duas mãos para o backhand e não chegar atrasado no golpe;
  • Fortalecer musculatura.

 

O que fazer na dor aguda?

  • Consultar com médico ortopedista;
  • Evitar movimentos que provoquem dor;
  • Suspender a prática de tênis, padel ou squash;
  • Para aliviar a dor, recomenda-se aplicação de gelo por 15min a cada 2h, sempre com algum pano entre o gelo e a pele (o gelo funciona como anti-inflamatório e analgésico);

 

Qual o tratamento?
Na fase aguda (no início dos sintomas), recomenda-se:

  • Uso controlado de anti-inflamatórios;
  • Aplicação de gelo;
  • Repouso;
  • Fisioterapia;
  • Infiltração com corticoide.

Na fase crônica:

  • Repouso;
  • Fisioterapia;
  • Dispositivos ortopédicos;
  • Terapia por ondas de choque;
  • Aplicação de ácido hialurônico para partes moles;
  • Cirurgia artroscópica: realiza-se a ressecção da origem do tendão degenerado junto ao osso.   
       
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Augusto Medaglia Médico Ortopedista Especialista em ombro